2006-07-31

Este é teu... com um abraço!

Este é para ti. Porque o prometi, porque o escrevi e, sobretudo, porque tu o mereces... Acredito que haverá quem (Obs: E não, não se trata de qualquer alusão ao passado, prometo-vos), que lendo este post, queira pensar e imaginar coisas. Mas isto pouco importa, porque este é teu e só teu!

É um facto que em horas a fio de conversas, muito falámos e contámos um ao outro. Mas foi um silêncio e o teu olhar - ainda te lembras do dia? - que assinalaram o arranque destes deliciosos diálogos. O tal olhar que levou alguém a dizer "I caught fire in your eyes"...

Infelizmente, o tempo, ou melhor, a falta dele, foram impedindo que pudessemos continuar naquela descoberta mútua, no acto de construir e reforçar a amizade, de partilharmos o nosso 'eu'... Mas como disse Goethe, "O tempo rende muito quando é bem aproveitado" e mesmo nas conversas mais curtas, há sempre algo de especial. Até porque nunca a deixas cair na banalidade do diálogo 'messengeriano' e colocas nela esta tua incrível maturidade. E sim, a chávena de chá ainda por cá anda. Só que por estas alturas do ano está mais fresquinho...

Por isso minha cara, o meu obrigado, acompanhado com um beijo, para ajudar na saudade, e o tal abraço (aquele do meu tamanho, ou até maior, que garantes poder aguentar por seres forte), que desejo poder dar-te brevemente em pessoa. Espero apenas que estas poucas palavras possam confirmar a estima e o carinho que tenho por ti.

Rudyard Kipling disse: "Não há prazer comparável ao de encontrar um velho amigo, a não ser o de fazer um novo ". Tem sido verdadeiramente um prazer...

Deste teu amigo,

"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki

2006-07-28

Para ti, amigo!

Hoje, chego ao trabalho, ligo o computador, inicío os programas para começar a escrever e conecto-me ao messenger... Não tardou muito e o meu kyôdai apareceu numa janela a perguntar-me se eu sabia quem teria feito o comentário. Intrigado, pergunto-lhe do que está a falar ao que ele me responde que uma pessoa, outra que ele e o Joca, deixou um comentário ao meu último post (afinal há mais gente a ler o que ando a escrever).

"Quando um assunto nos é indiferente não dedicamos posts de blogs a falar dele!", pode ler-se no comentário, assinado por, e aqui confesso que fiquei desiludido, "um amigo dos dois". Não me interpretem mal. Não fiquei desiludido por ser "um amigo dos dois" ou mesmo pelo comentário (se assim fosse tinha sido logo apagado, mas assim era demasiado fácil), mas simplesmente por não se identificar.

Isto porque um reparo vindo de um amigo é sempre bem vindo. Nem que seja pelo facto de nos recolocarmos em perspectiva e termos a visão de alguém que estimamos e cuja opinião conta ou é relevante na nossa vida.

Por isso, "amigo", quem quer que sejas, agradeço-te que te possas manifestar. Até porque dizer-me num comentário de um blog algo que, aparentemente, não consegues/não podes/não sabes/não queres dizer-me pessoalmente (ou mesmo através de um telefonema.. amigo que é amigo tem os contactos dos seus amigos...) não é de amigo, não achas? Quando somos amigos, não usamos a escapatória fácil do anonimato para nos exprimir. E isto é um reparo de amigo para amigo...

Deixo-te pois, amigo, uma frase minha e que, por já teres visitado este blog, terás certamente lido ali em cima: "Lealdade para quem se ama, respeito para quem o merece!".

Um abraço deste teu amigo...

"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki

2006-07-26

Cenas de um casamento

Sábado. 9h04 da manhã. Dia ensolarado, céu limpo e quente. A aventura promete ser engraçada... Ao volante da minha máquina (não, não o BMW... O meu super Renault Clio 1.5 dCi Turbo) tenho pela frente cerca de 300 quilómetros até Viseu. Ao meu lado, kyôdai, o meu fiel co-piloto, e no banco da retaguarda, a minha cunhadita (está quase, é já no dia 5), desde ontem já habilitada à condução... O objectivo da nossa missão: conseguir chegar antes do meio-dia para estarmos no casamento do Dani e da Ana.

A viagem correu bastante bem (não fosse o facto de ter apanhado um sacana que me salpicou a parte trazeira toda da carroceria de óleo!) mas falhamos os primeiros minutos da cerimónia. Nada de grava, já que chegamos a tempo de ouvir a mensagem, de ver os noivos trocarem votos e de ouvir "declaro-vos marido e mulher".

Paragem seguinte, copo de água no Hotel Onyx, na estrada à caminho de Mangualde. Aí foi mais complicado... Sem mapa e com indicações algo 'tremidas', foi preciso dar umas quantas voltas (e até parar para perguntar aos tipos da BT que andavam a multar os imigras em excesso de velocidade no IP5). Certo é que se não chegamos para os comes e bebes iniciais, fomos dos primeiros a tirar a foto da praxe com os noivos. Engano? Qual engano? Eh eh eh eh...

Tudo corria perfeitamente. Reecontrar amigos que há muitos não via, pôr alguma da conversa em dia, acertar os planos para o Verão (H2o está à porta e, no meu caso, Viseu é a paragem seguinte)... A refeição foi agradável e a conversa à mesa foi cinco estrelas.

Parece uma maravilha, não é? Só que há um senão nisto... E o 'senão' deu-se pela altura da sobremesa (neste caso o bolo dos noivos). Li em certo lugar que a liberdade de uma pessoa, termina quando começa a liberdade de outra pessoa. E no meu caso, o desejo (liberdade) de "não querer falar", foi atropelado de forma pouco elegante com um cutucar de dedo no meu ombro esquerdo.

Sem paciência para uma sessão de autocomiseração (alguns no casório foram mais pacientes ao que parece...) e embora desrespeitado na vontade previamente manifestada, acedi, por um simples questão de educação, ouvir o porquê desta intrusão. Não foi preciso muito (repisar certos assuntos não ajuda em nada) para que afirmasse sem grande exaltação, mas com muita determinação: "Não me interessa. Ódio? Não, não é ódio, é simplesmente indiferença".

Felizmente, depois disso o dia retomou o seu curso natural. E nem mesmo este episódio ou o cansaço impediram que a viagem de regresso à capital fosse efectuada sem sobressaltos (duas paragens para lavar o rosto e esticar as pernas).
A vida, meus senhores, é o caminho em frente e não aquele que ficou para trás.

O Calvin (sim, o amigo do Hobbes) disse: "Se um assunto é tão complicado que não consegue ser explicado em 10 segundos então é porque provavelmente não vale a pena saber do que se trata"...

É preciso dizer mais alguma coisa?

"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki

I'm back!

Já lá vai o seu tempinho que não apareço por cá... De facto, após o regresso da Áustria os dias foram muito cansativos e só hoje encontrei coragem e paciência para sentar-me e escrever. O que acabou por ser bom, já que muita coisa aconteceu e tenho material para uns quantos posts.

Esta foto que aqui têm ao lado foi tirada da varanda do meu quarto no Aqua Dome, spa onde pernoitei de quarta para quinta na Áustria. Digam lá se não é lamentável ter que passar uma tarde a experimentar piscinas (7), banhos turcos (3), saunas (2), piscinas de água salgada (2) e um tobogã futurista...

E lá está, ter que circular por paisagens como esta é francamente desanimador... Estradas sem lixo, ar puro e pessoas bem educadas... Não há direito! Que raio de Europa é esta que tolera no seu meio um país com tamanhas falhas. Eu até colocava aqui umas fotos das máquinas que conduzi, mas exceptuando a cor (em vez de cinza era azul metalizado) o carro é mais ou menos aqule ali em baixo.

Mas sabem qual foi o ponto alto desta viagem? Chegar às 23h45 em Lisboa... Ver a capital - sim, porque o resto é... não vou dizer para não ferir sensibilidades - iluminada enquanto o avião faz a aproximação à pista é algo de simplesmente belo. Contava colocar aqui uma foto para documentar o momento, mas o sacana do hospedeiro da Lufthansa pediu-me que desligasse a máquina... Culpem-no a ele, não a mim! Mas consegui encontrar um site onde se pode apreciar o que é
Lisboa (e já agora o país)... É só carregar na palavra Lisboa que o computador pela magia da Internet faz o resto. Desfrutem porque é magnífico!

"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki

2006-07-22

Autocomiseração

Há palavras que deveriam ser afixadas na rua para obrigar as pessoas a perceberem certas coisas. Uma delas dá pelo nome de "autocomiseração"... Para quem não sabe, e em termos mais usuais entre o comum dos portugueses, trata-se da famosa máxima "somos uns coitadinhos". E acreditem que é mesmo uma arte, reles, porém arte. Ora senão vejam...

A autocomiseração permite a uma pessoa fazer esquecer eventuais erros, falhas, culpas e afins, simplesmente ao enveredar pelo "acto ou efeito de sentir pena de si próprio". Uma prática que eu qualificaria de abjecta, já que mostra apenas falta de coragem de assumir/encarar/enfrentar as consequências de um acto, de uma palavra, de uma decisão...

Tomemos um exemplo: o João (nome fictício) e a Maria (outro nome fictício) acabam um namoro por decisão dela. Entre idas e vindas, entre desistências e tentativas de regresso, as coisas tornam-se irremediáveis. Conseguem ver aqui alguma vítima? Eu não, até porque praticamente tudo o que um dia começa, um dia acaba. Também pensou o João o mesmo quando seguiu o caminho dele...

No entanto, a Maria, qual jornalista da TVi no jornal da noite, achou a vítima: ela! Um mundo caído, destroçada, sem consolo (Será mesmo assim? Não há tanto 'anjo' por aí à espera de consolar corações maltratados?), a sofrer com múltiplas doenças e a padecer de diversos males... "A culpa de tanto sofrimento?", pergunta ela. Quem disse João, acertou em cheio! No caso dele, a autocomiseração passou por uma decisão, da qual não se desviou... Sem mundo caído, sem destroços, sem consolos e outras tragédias.

Fritz Künkel, psicólogo (até parece feito de propósito) alemão, disse em certa ocasião: "O ser maduro, o ter carácter, o ser adulto significa encarar, e não evitar, cada nova crise que aparece".
Não concorda?

É como eu digo...
"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki

2006-07-18

Enquanto não volto da Áustria...

O dia amanheceu coberto... Não, não se trata de qualquer alusão 'pseudo-poética' ao meu estado de espírito, mas sim ao facto de que pelo aspecto da coisa a viagem para Innsbruck promete ser 'tremida'...
Mas não é isso que me levou a escrever este post.

Hoje, despertei ao som de uma música simplesmente fantástica e uma das minhas preferidas, diga-se de passagem: "God Only Knows", dos Beach Boys. E esta música está por sua vez associada a um filme que figura entre a minha escolha de revisionamentos regulares no DVD.

Esta música é uma componente essencial na estrutura do filme "Love Actually" (sim, é comédia romântica, e daí?), que retrata o amor vivido por oito casais durante a época Natalícia em Londres. Parece lamechas, acredito que para muitos o seja, mas a verdade é que há uma mensagem que me agrada muito no filme: a simples ideia de que o amor está em todo o lado. Pessoalmente, a minha cena preferida é a do reencontro entre as pessoas anónimas no aeroporto de Heathrow... Simplesmente sublime!

Engraçado é que quando ele acaba, parece-nos sempre difícil poder vir a encontrar novamente o amor, aquele amor que nos consome e que nos faz pensar em coisas doidas, em querer ser e estar para sempre com uma tal pessoa. Mas como em tudo nesta vida, há sempre excepções, indivíduos cujo sofrimento é rapidamente posto de parte quando surge um novo 'encanto'...

Curiosamente, este foi um filme 'com companhia' mas nunca o relacionei com a pessoa que o viu comigo. Aliás, só após muita reflexão é que me apercebi que de facto t+inhamos estado juntos a ver este filme, até porque estava convicto que quando fui ao cinema vê-lo, estava sozinho... Bem, se calhar, olhando para trás, devo ter estado mesmo, mas isto é tema a ser tratado em outra ocasião.

E enquanto não volto do meu suplício (vou sofrer tanto.. NOT!) na Áustria, fica então a recomendação para este excelente filme. Ok, ok, é comédia romântica, mas e daí? Afinal de contas, quem não gosta de amar, sorrir e até mesmo chorar... E nem que seja pelas diversas músicas que compõem a banda sonora, acreditem que vale a pena.

Numa coluna de opinião, Ice T (sim, o rapper) disse: "A paixão faz o Mundo girar. O amor torna-o simplesmente num lugar mais seguro". Mas prefiro usar uma linha do filme para acabar este post (e vai em inglês que é para tornar isto mais 'hip'): "If you look for it, I've got a sneaky feeling you'll find that love actually is all around".

Kyôdai e ShoGriços.. este é o meu obrigado para vocês!
"God only knows what I'd be without you"...

"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki

2006-07-16

Amanhã há trabalho...

Nada pior para terminar um fim-de-semana de descanso e quietude do que receber uma sms do 'chefe' a relembrar que amanhã é dia de trabalho e que temos um servicito à nossa espera... Neste caso concreto, o trabalho em questão é o primeiro treino do Benfica no novo centro de estágios do Seixal e isto por volta das 16h00.

Não que o Glorioso seja um sacrifício, mas o facto de estar já com a cabeça nas férias (faltam 15 dias certinhos) torna cada regresso de folga ainda mais penoso. Uma das minhas poucas consolações é que embora passe grande parte dos dias trancados na redacção, o facto de ter um serviço fora de portas ajuda a relaxar e, claro, o ambiente entre os 'jornaleiros' que fazem Benfica é cinco estrelas.

O que me vai valendo neste contra-relógio até às férias é que de terça a quinta vou estar na Áustria para testar esta pequena maravilha: o novo BMW Série 3 Coupé 335i... Prometo trazer de lá umas fotos que retratem o sofrimento que é conduzir este tipo de veículo e ser forçado a dormir em hotéis 5 estrelas por conta do fabricante... Não há mesmo direito!

Mas sabem, nem tudo é mau nesta vida de jornalista. Isto porque um final de tarde da janela da redacção do CM, com vista para os jardins da Gulbenkian costuma ter estas cores fabulosas. É claro que, por norma, saio de lá já de noite, mas sempre que posso, tento escapar ao teclado e fico ali alguns minutos a admirar o espectáculo... Ora digam lá se não é bonito!

Um dos aspectos mais positivos desta semana de trabalho será o facto de, na prática, estar apenas dois dias no jornal: amanhã e sexta-feira. Depois, fim-de-semana prolongado outra vez, desta feita de sábado a segunda-feira! E para sábado o programa promete, com o casório do Exmo. Dani Lopes com a Exma. Ana Oliveira, naquela cidade fantástica chamada Viseu.

Na boda há um pequeno 'acroc' que espero evitar, mas terei sempre os meus futuros casantes (o manito e a sua mais que tudo) por perto para manter os espíritos em alta.

Abraham Lincoln disse: "O carácter é como uma árvore e a reputação a sua sombra. A sombra é o que pensamos dele e a árvore o que ele é de facto".
Pena que haja quem, constantemente, não consiga olhar para além da sombra...

"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki

Uma questão de escolha...

Hoje foi dia de descanso. Não um qualquer, falo do 'dolce far niente' do qual não tenho tido privilégio de desfrutar. E só interrompi esta árdua tarefa para dar um giro no meu bólide e ir ao clube de vídeo mais próximo...
Lá dirigi-me ao Blockbuster à procura de algo leve, já que a alma anda a pedir por descanso, e trouxe 'A Ilha', com o Ewan McGregor e a Scarlett Johansson.

Mas alguma vez repararam como o acto de escolher um DVD pode tornar-se em algo de extremamente complexo e delicado? Digo isso porque associo muitas vezes um filme que tenha visto a um determinado contexto ou pessoa. Este último caso é mais raro, já que faço parte daquela minoria que gosta de ir aos 'moves' sozinho. Assim foi com 'A Ilha', que visionei quando ainda estava em cartaz, sendo o único presente na sessão das 13h30, no El Corte Inglés. Mas a verdade é que nos últimos quatro anos também foram várias as vezes em que estive acompanhado e aí a situação ganha contornos diferentes...

Haveria melhor escolha para revisionamento, dirão alguns. Admito que sim, mas enquadrado que estava este DVD pelo 'O Fiel Jardineiro' e 'A Queda' (um relato sobre os últimos dias do III.º Reich), a escolha foi óbvia. Não que estes dois títulos sejam maus, antes pelo contrário, são óptimos filmes. Mas é que foram filmes 'com companhia' e a recordação das sessões no Saldanha Residente e C.C. Avenida de Coimbra, respectivamente, não é algo que procure neste momento...

Mas isto passa. Até porque também tive esta pancada com o 'High Fidelity', filme cujos os últimos 35 minutos foram vistos 3 anos após o primeiro visionamento (Maio de 2001 a Junho de 2004). Já agora, fica a recomendação para esta excelente comédia que aborda, entre outros temas, a questão da importância do compromisso... Um assunto "ó tão actual" aqui pelos meus lados...

Há um ditado anónimo que diz: "A felicidade ou a tristeza são muitas vezes uma simples questão de escolha"...
"Humm, manito... Vou levar o
DVD do 'A Ilha' neste caso... "

"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki

2006-07-15

Terá sido mesmo assim?

Qualquer semelhança com a realidade poderá ser mera coincidência...

Ao fim de 3 anos e 8 meses acabou tudo. Para muitos foi uma surpresa - "Ficavam tão bem um para o outro", diziam -, mas eles há muito que não caminhavam em sintonia...

De um impulso nasceu a decisão: "Não sinto que te possa dar o que queres. Não sinto que possa ser uma namorada para ti". As palavras marcaram-no. Não que não estivesse habituado ao discurso "tu amas-me mais do que eu a ti" que ela nunca deixou de lado... Quando assim é ao fim de tanto tempo, parece normal que se tome este rumo. Mas terá sido tão simples?

Deu-se o tempo - termo que antecipa o fim - e concluiu-se que não estava destinado a ser. Ela queria dar-lhe, dizia, "o maior presente de todos": a liberdade de seguir outro caminho. Ele pouco mais podia fazer do que concordar e tentar reconquistá-la. Afinal, como contrariar a ideia de que não tinha investido no compromisso? Foi a negligência - "Não é de agora... Há muito que assim é" - que a levou a tomar a decisão...

Nove semanas passaram. Ele desprendeu-se aos poucos, desistiu da reconquista e procurou normalizar a vida... A reflexão pós-namoro dera-lhe a certeza de que tinha sido sempre leal, respeitara o compromisso e dedicara-se em pleno àquela que amava... Para ela, isso não chegou, nem nunca chegaria. "Basta", pensara ele, "É tempo de olhar em frente". Ele informou-a da decisão, mas ela estava mal... Garantia estar a sofrer com o que acontecera, ele passara a ser o amor da sua vida e ela não conseguia esquecê-lo. Esperava que ele a viesse reconquistar mas agora imaginava-o à lançar-se a todas as miúdas que conhecia. Estava inconsolável...

Exactamente 12 semanas após o fim, ele que tentava esquecê-la não resistiu e ligou-lhe esperando ir a tempo de recomeçar tudo de novo. Mas como diz o ditado, "pela boca morre o peixe" e a inconsolável jovem de há três semanas (que receava vê-lo nos braços de outra), já tinha encontrado um ombro... Um "anjo" (assim o chamava ela) - que meses antes do namoro chegar ao fim era "um simples amigo que está apaixonadíssimo por outra rapariga" e que a levara a censurar os ciúmes do seu companheiro -, era agora um confidente, um apoio e, mais do que isso, um novo encanto.

Atordoado com a notícia, o 'ex' ouvira ainda ser-lhe atribuída a culpa do que estava a acontecer. Não só por este despertar de sentimento repentino - curtas três semanas -, mas também pelo sofrimento que a jovem (agora consolada) sofrera com o fim da relação. "Depois do chute que levei, ele foi o único que me ouviu e me compreendeu", disse-lhe ela, parecendo esquecer como começara este enredo, antes de soltar a clássica das clássicas: "Espero que possamos continuar a conviver no futuro, como amigos".

Sabem o que eu acho?
"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki