Cenas de um casamento
Sábado. 9h04 da manhã. Dia ensolarado, céu limpo e quente. A aventura promete ser engraçada... Ao volante da minha máquina (não, não o BMW... O meu super Renault Clio 1.5 dCi Turbo) tenho pela frente cerca de 300 quilómetros até Viseu. Ao meu lado, kyôdai, o meu fiel co-piloto, e no banco da retaguarda, a minha cunhadita (está quase, é já no dia 5), desde ontem já habilitada à condução... O objectivo da nossa missão: conseguir chegar antes do meio-dia para estarmos no casamento do Dani e da Ana.
A viagem correu bastante bem (não fosse o facto de ter apanhado um sacana que me salpicou a parte trazeira toda da carroceria de óleo!) mas falhamos os primeiros minutos da cerimónia. Nada de grava, já que chegamos a tempo de ouvir a mensagem, de ver os noivos trocarem votos e de ouvir "declaro-vos marido e mulher".
Paragem seguinte, copo de água no Hotel Onyx, na estrada à caminho de Mangualde. Aí foi mais complicado... Sem mapa e com indicações algo 'tremidas', foi preciso dar umas quantas voltas (e até parar para perguntar aos tipos da BT que andavam a multar os imigras em excesso de velocidade no IP5). Certo é que se não chegamos para os comes e bebes iniciais, fomos dos primeiros a tirar a foto da praxe com os noivos. Engano? Qual engano? Eh eh eh eh...
Tudo corria perfeitamente. Reecontrar amigos que há muitos não via, pôr alguma da conversa em dia, acertar os planos para o Verão (H2o está à porta e, no meu caso, Viseu é a paragem seguinte)... A refeição foi agradável e a conversa à mesa foi cinco estrelas.
Parece uma maravilha, não é? Só que há um senão nisto... E o 'senão' deu-se pela altura da sobremesa (neste caso o bolo dos noivos). Li em certo lugar que a liberdade de uma pessoa, termina quando começa a liberdade de outra pessoa. E no meu caso, o desejo (liberdade) de "não querer falar", foi atropelado de forma pouco elegante com um cutucar de dedo no meu ombro esquerdo.
Sem paciência para uma sessão de autocomiseração (alguns no casório foram mais pacientes ao que parece...) e embora desrespeitado na vontade previamente manifestada, acedi, por um simples questão de educação, ouvir o porquê desta intrusão. Não foi preciso muito (repisar certos assuntos não ajuda em nada) para que afirmasse sem grande exaltação, mas com muita determinação: "Não me interessa. Ódio? Não, não é ódio, é simplesmente indiferença".
Felizmente, depois disso o dia retomou o seu curso natural. E nem mesmo este episódio ou o cansaço impediram que a viagem de regresso à capital fosse efectuada sem sobressaltos (duas paragens para lavar o rosto e esticar as pernas).
A vida, meus senhores, é o caminho em frente e não aquele que ficou para trás.
O Calvin (sim, o amigo do Hobbes) disse: "Se um assunto é tão complicado que não consegue ser explicado em 10 segundos então é porque provavelmente não vale a pena saber do que se trata"...
É preciso dizer mais alguma coisa?
"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki
A viagem correu bastante bem (não fosse o facto de ter apanhado um sacana que me salpicou a parte trazeira toda da carroceria de óleo!) mas falhamos os primeiros minutos da cerimónia. Nada de grava, já que chegamos a tempo de ouvir a mensagem, de ver os noivos trocarem votos e de ouvir "declaro-vos marido e mulher".
Paragem seguinte, copo de água no Hotel Onyx, na estrada à caminho de Mangualde. Aí foi mais complicado... Sem mapa e com indicações algo 'tremidas', foi preciso dar umas quantas voltas (e até parar para perguntar aos tipos da BT que andavam a multar os imigras em excesso de velocidade no IP5). Certo é que se não chegamos para os comes e bebes iniciais, fomos dos primeiros a tirar a foto da praxe com os noivos. Engano? Qual engano? Eh eh eh eh...
Tudo corria perfeitamente. Reecontrar amigos que há muitos não via, pôr alguma da conversa em dia, acertar os planos para o Verão (H2o está à porta e, no meu caso, Viseu é a paragem seguinte)... A refeição foi agradável e a conversa à mesa foi cinco estrelas.
Parece uma maravilha, não é? Só que há um senão nisto... E o 'senão' deu-se pela altura da sobremesa (neste caso o bolo dos noivos). Li em certo lugar que a liberdade de uma pessoa, termina quando começa a liberdade de outra pessoa. E no meu caso, o desejo (liberdade) de "não querer falar", foi atropelado de forma pouco elegante com um cutucar de dedo no meu ombro esquerdo.
Sem paciência para uma sessão de autocomiseração (alguns no casório foram mais pacientes ao que parece...) e embora desrespeitado na vontade previamente manifestada, acedi, por um simples questão de educação, ouvir o porquê desta intrusão. Não foi preciso muito (repisar certos assuntos não ajuda em nada) para que afirmasse sem grande exaltação, mas com muita determinação: "Não me interessa. Ódio? Não, não é ódio, é simplesmente indiferença".
Felizmente, depois disso o dia retomou o seu curso natural. E nem mesmo este episódio ou o cansaço impediram que a viagem de regresso à capital fosse efectuada sem sobressaltos (duas paragens para lavar o rosto e esticar as pernas).
A vida, meus senhores, é o caminho em frente e não aquele que ficou para trás.
O Calvin (sim, o amigo do Hobbes) disse: "Se um assunto é tão complicado que não consegue ser explicado em 10 segundos então é porque provavelmente não vale a pena saber do que se trata"...
É preciso dizer mais alguma coisa?
"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki
4 Comments:
Mái nada.
Quando um assunto nos é indiferente não dedicamos posts de blogs a falar dele!
Quem quer que tu sejas deves ter medos irmãos Silva. Senão ñ terias omitido teu nome.
Huck não podes levar a cena assim. Eles devem saber o que fazem e a cena é sempre entre os dois.
Abraço.
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