2007-12-26

Consoada ao som da MPB

Não, não é axé, forró, baile funk ou outras manifestações que eu considero francamente más da música brasileira. Estou a falar de MPB, de música de intervenção, de poemas escritos e cantados para desafiar a ditadura militar que, entre 1964 e 1985, oprimiu o povo brasileiro.

Depois de um jantar a cinco - os meus pais, a minha cunhada, o meu irmão e eu -, a sobremesa foi degustada nos entremeios de uma conversa deliciosa. Ok, falar de ditadura militar não é algo que pareça muito 'animador', mas o que nos interessou, a nós mais novos, foi absorver um pouco dos relatos e histórias que os meus pais foram partilhando connosco.

Conversa puxa conversa e fomos parar na música e num conjunto de artistas que lutaram contra a opressão. Entre os nomes e as músicas que acabamos por pesquisar no Youtube, estava a "Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores", de Geraldo Vandré. Curiosamente, este mesmo artista que, de acordo com os meus pais, escreveu uma das mais controversas músicas daquela época, acabou por se tornar um proscrito entre os artistas da altura, sendo acusado de ter sido um dos delatores a soldo do regime.

Se assim fio, não sei. E a própria história não sabe afirmar com certeza se ele foi mesmo um 'chibo'. Eu prefiro dar-vos aqui esta grande música. Desfrutem.




Entretanto, já tenho no portátil as fotografias que tirei na viagem a França, para a reportagem com o Groupama 3. A ver se nos próximos dias, com o aproximar das férias (ah pois é, de 28 de Dezembro a 8 de Janeiro é férias!) consigo contar um pouco da aventura por lá.

Finalmente, e porque não o fiz em tempo útil, quero deixar a todos os que (ainda) por cá passam os votos de um Feliz Natal (espero que tenha sido bom) e de excelentes entradas, com muita saúde em 2008!

Um abraço!

Aniki

2007-12-12

Bon voyage!

Depois de muita luta e de vários comboios perdidos, vou regressar às viagens em serviço pelo jornal. Era para ter zarpado hoje, mas mudanças no programa fizeram com que passasse a ser uma viagem de^dois dias em vez de três.

Parto amanhã cedinho - tenho que estar no Aeroporto às 7h00 - com destino à Bretanha, mais exactamente a cidade de Lorient, para fazer um trabalho com o velejador Frank Cammas. Honestamente, a vela não é propriamente um assunto, dentro do desporto, que me seja muito familiar. Mas quem já escreveu uma abertura de "cricket indoor" (prometo que é verdade), a vela não deverá ser grande problema.

Por outro lado, é uma prova muito sui generis. O Frank Cammas vai tentar bater o recorde do Troféu Jules Verne. Basicamente, a ideia é fazer a viagem na "Volta ao Mundo em 80 Dias", mas em menos de 80 dias. Neste caso, em menos de 50 dias, 16 horas, 20 minutos e 4 segundos.

Vai ser um tanto a correr por aquelas bandas (chegar ao início da tarde, visita ao barco às 15h00 e entrevista com um dos responsáveis. No dia seguinte, pelas 10h, entrevista com o Cammas, almoço e regresso a Portugal), mas espero poder arejar um tanto a mente.

E vou confessar que fiquei muito satisfeito de ouvir o0 meu chefe ligar-me a dizer-me que pelo meu bom trabalho, iria ter esta recompensa. Agora, como me disse um bom amigo, é continuar a chegar cedo à estação para não perder mais comboios!

Vá, se correr tudo, daqui a pouco volto para falar do jantar de Natal da secção, do almoço de Natal do jornal e de mais umas ideias que por aqui tive.

Abraços!

Aniki

2007-12-09

Esta enche-me as medidas...

Estava a fazer um zapping pela televisão hoje quando parei no 'Tonight Show' do Jay Leno. Apanhei os últimos minutos da entrevista com o Bill O'Reilly - assim muito rapidamente, é um tipo da direita ultra-conservadora norte-americana que apresentada o The O'Reilly Factor, da cadeia televisiva lambe-botas da Administração Bush, a Fox -, mas foi o número musical que encerrou o programa que me prendeu completamente.

A convidada no dia em causa era a Alicia Keys que ia cantar uma música do seu mais recente álbum "As I Am". Não sou propriamente um grande fã, mas há uma ou outra música que me fazem francamente vibrar. Esta é uma delas. Mas que razão me leva a escolher uma apresentação no 'Tonight Show' em vez de colocar o clip, podem perguntar-me. Eu respondo: é que este é mesmo cantado ao vivo e a Alicia Keys tem uma apresentação simplesmente arrepiante e cheia de intensidade.

Fica aqui o vídeo, made in Youtube. Divirtam-se!



Vá, agora tenho que voltar ao trabalho. Mais tarde um informativo sobre o encontro de Natal no Cacém e outros goodies do meu fim-de-semana.

Abraços!

Aniki

2007-12-05

Uncharted Territory...

... ou uma aventura no mundo dos cosméticos!
Vocês, e aqui falo sobretudo para as meninas, não fazem ideia da confusão que é para um homem chegar perante um expositor repleto de maquilhagem e escolher dali alguns artigos para oferecer. Vai daí, nos últimos meses e até a semana passada, andei sempre muito atento quando a Quel abeirava-se de certos artigos e ia tomando um sem fim de notas mentais.

Sim, porque ela fez anos na semana passada e eu queria oferecer-lhe o que ela de facto queria. Entre a maquilhagem, o cachecol e o livro, optei pelos dois primeiros. Ok, até aqui tudo bem. O complicado era depois lembrar-me do que ela queria de facto.

Vai de lá, levei comigo o meu irmão - pois, dois homens que não percebem nickles daquilo a olharem meio que perdidos para batons e afins - na tentativa de ter algum apoio, nem quen fosse moral. O primeiro artigo que retirei (deviam ver a cara da vendedora ao ver dois homens a mexerem em maquilhagem...) foi uma sombra, assim mais para o claro. Sendo moça discreta, sabia que a Quel não queria nada de espanpanante.

Com esta vitória já conquista, faltava ainda um eyeliner, uma máscara e um lip gloss. Pois é, os termos pelo menos estes já os tenho todos memorizados. Só que por esta altura, eu já andava meio perdido e a vendedora lá veio perguntar-me se eu precisava de ajuda.

Nisto, e para os machos que não dão parte fraca, eu disse logo que sim! "Preciso de um eyeliner, uma daquelas cenas para realçar as pestanas e um gloss", disse eu. Claro que depois da gracinha - "É para si?", perguntou-me ela -, a senhora foi muito prestável. Mais, ficou muito surpreendida por saber que há homens que ganham coragem para comprar este tipo de artigos e elogiou o meu gosto. Pronto. Valha-me isso.

Com os artigos que comprei - já começo a perceber o porque de as mulheres gastarem algum dinheiro em maquilhagem -, tive direito a levar duas 'prendas'. Uma sombra extra e uma máscara (aprendi que é assim que se chama a tal cena para realçar as pestanas), dentro de duas caixinhas da marca (Bourjois, passem a publicidade).

E pronto, mais uma barreira conquistada! E o mais importante nisto tudo é que a Quel adorou a prenda!

Vá, daqui a pouco venho cá para outra dose!

Abraços!

Aniki