Terá sido mesmo assim?
Qualquer semelhança com a realidade poderá ser mera coincidência...
Ao fim de 3 anos e 8 meses acabou tudo. Para muitos foi uma surpresa - "Ficavam tão bem um para o outro", diziam -, mas eles há muito que não caminhavam em sintonia...
De um impulso nasceu a decisão: "Não sinto que te possa dar o que queres. Não sinto que possa ser uma namorada para ti". As palavras marcaram-no. Não que não estivesse habituado ao discurso "tu amas-me mais do que eu a ti" que ela nunca deixou de lado... Quando assim é ao fim de tanto tempo, parece normal que se tome este rumo. Mas terá sido tão simples?
Deu-se o tempo - termo que antecipa o fim - e concluiu-se que não estava destinado a ser. Ela queria dar-lhe, dizia, "o maior presente de todos": a liberdade de seguir outro caminho. Ele pouco mais podia fazer do que concordar e tentar reconquistá-la. Afinal, como contrariar a ideia de que não tinha investido no compromisso? Foi a negligência - "Não é de agora... Há muito que assim é" - que a levou a tomar a decisão...
Nove semanas passaram. Ele desprendeu-se aos poucos, desistiu da reconquista e procurou normalizar a vida... A reflexão pós-namoro dera-lhe a certeza de que tinha sido sempre leal, respeitara o compromisso e dedicara-se em pleno àquela que amava... Para ela, isso não chegou, nem nunca chegaria. "Basta", pensara ele, "É tempo de olhar em frente". Ele informou-a da decisão, mas ela estava mal... Garantia estar a sofrer com o que acontecera, ele passara a ser o amor da sua vida e ela não conseguia esquecê-lo. Esperava que ele a viesse reconquistar mas agora imaginava-o à lançar-se a todas as miúdas que conhecia. Estava inconsolável...
Exactamente 12 semanas após o fim, ele que tentava esquecê-la não resistiu e ligou-lhe esperando ir a tempo de recomeçar tudo de novo. Mas como diz o ditado, "pela boca morre o peixe" e a inconsolável jovem de há três semanas (que receava vê-lo nos braços de outra), já tinha encontrado um ombro... Um "anjo" (assim o chamava ela) - que meses antes do namoro chegar ao fim era "um simples amigo que está apaixonadíssimo por outra rapariga" e que a levara a censurar os ciúmes do seu companheiro -, era agora um confidente, um apoio e, mais do que isso, um novo encanto.
Atordoado com a notícia, o 'ex' ouvira ainda ser-lhe atribuída a culpa do que estava a acontecer. Não só por este despertar de sentimento repentino - curtas três semanas -, mas também pelo sofrimento que a jovem (agora consolada) sofrera com o fim da relação. "Depois do chute que levei, ele foi o único que me ouviu e me compreendeu", disse-lhe ela, parecendo esquecer como começara este enredo, antes de soltar a clássica das clássicas: "Espero que possamos continuar a conviver no futuro, como amigos".
Sabem o que eu acho?
"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki
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