2007-10-19

Fiambre com Coca-Cola

No outro dia, numa conversa com a minha amada, partilhei com ela um dos ex-libris da quadra natalícia em minha casa. É que, acreditem, esta altura do ano não é a mesma em minha casa se não houver um prato: Fiambre com Coca-Cola!

E não, não se trata de fatias de fiambre acompanhadas de um copo de Coca-Cola. É mesmo um mega-naco de fiambre cozido na dita bebida. Estranho? Não... Digam antes: muito bom! Eu sei que num país onde o bacalhau é tradição, aparecer alguém a falar destas modernices pode soar rocambolesco. Mas podem ir por mim: é um manjar que upa-upa....

É claro que sempre que menciono isto, há reacções muito variadas. O certo é que quem prova gosta (houve um grupo que não alinhou muito, mas também não vale a pena mencionar muito mais). No ano passado, trouxe finalmente para o jornal um tupperware com um bocadinho de fiambre com coca-cola, arroz e farofa para alguns colegas provarem.

Eu que até fiava que eles poderiam só provar e pouco mais, rasparam o tacho até ao fim. Não sobrou nadica de nada. E houve um colega que até me pediu outro tupperware, no dia seguinte, para levar para casa.

Ai ai.. Nunca mais é Dezembro pá!

Aniki

2007-10-04

Recordações IV

Fazemos uma viagem até ao belo ano de 1991. Devia eu ter aí os meus 12 anos, caminhando alegremente para os 13. As minhas férias de Verão foram passadas num acampamento em Gex, pequena localidade que fica mesmo no sopé de uma cadeia de montanhas que dá pelo nome de Jura e que dista alguns curtos quilómetros da fronteira suíça.

Sei que tenho algures nas caixas de fotografias que a família acumulou ao longo dos anos, um conjunto de instantâneos de alguns destes acamapamentos ali passados, mas uma das minhas grandes recordações nunca ficou registada em papel, em audio ou em vídeo, mas apenas gravada dentro de mim.

Todos temos uma música que nos marcou e nós, crentes, juntamos a isso (pelo menos eu assim acredito) um coro/corinho ou hino que nos marcou particularmente. Se me perguntarem, dou-vos uns quantos que são verdadeiramente do meu agrado, mas há um que ainda hoje chega a comover-me.

Não é, musicalmente falando, um coro daqueles de grande arranjo e tal, mas o que me marcou foi a letra. Este mês tem sido algo complicado para mim, em vários aspectos da minha vida. Além da força que vou encontrando num grupo-chave de pessoas, na última semana foi este coro, que me lembrou que há um Alguém lá em cima que nunca nos deixa ficar mal.

E é isso mesmo que diz a letra do dito corinho. Ora cá fica, em francês (porque foi assim que aprendi), a letra que aprendi num final de tarde de 1991 (com apenas uma viola acústica a soltar a música)...

Mon Dieu est si bon, il prend bien soin de moi.
Ce Dieu si fidèle, sais-tu qu'Il pense à toi.
Il voudrait t'aider dans tes difficultés;
Il faut que tu viennes à Lui tel que tu es.

Refrão:
Dieu sait si bien, ce qui te semble lourd,
Qui te fais mal, te troubles chaque jour.
Il connaît tes besoins, ta peur du lendemain,
Avec mon Dieu, Tu sais tout ira bien.

Il vit à jamais, c'est un Dieu tout-puissant,
Il te répondra, viens à Lui simplement.
Quand tout semble noir, triste et désespéré,
Sais-tu que là-haut, tu n'es pas oublié.

Refrão

Mon Dieu t'aidera, il conduira tes pas,
Si tu veux marcher, te plier à sa loi,
Alors ne crains plus, tu peux compter sur Lui,
Il accomplira tout ce qu'Il a promis.

Refrão

E pronto. É isto. Deus é assim. E feliz sou eu por ter tido o privilégio de provar tudo isto ao longo da última semana. Quem quiser a tradução do coro pode escrever-me para o mail do blog e terei todo o gosto de enviar (com jeitinho, até mando uns acordes).

Um abraço!

Aniki