2007-09-28

Recordações III

Em 1996, depois de uma visita a um Lar de Idosos com os jovens da III.ª Igreja, começou uma das grandes aventuras da minha vida aqui neste país. As bases para o que viriam a ser os ShoG foram lançadas no terraço da igreja, enquanto íamos cantando e nos íamos apercebendo que juntos até conseguíamos fazer coisas interessantes. Sem música, só com as nossas seis vozes.

Para crescer e ir aperfeiçoando aquilo que considerávamos bom e agradável (nada de conotações criacionistas nas minhs palavras, ok?), fomos à procura de inspiração. E a principal influência dos ShoG veio com os Acappella. Muitas das músicas que íamos cantando eram retiradas de CD's, adaptadas à nossa capacidade vocal e então sim ensaiadas e cantadas.

Estava eu à pesca no Youtube, quando por entre uma pesquisa e outra, encontrei um vídeo. Um vídeo que mostra a excelência da voz e do que ela pode fazer quando colocada ao serviço Dele. Eu só tenho a agradecer ao Pai, porque além de um irmão de sangue, deu-me mais quatro irmãos que são peças fundamentais na minha vida...

E agora, só para os manos: quando é que nos juntamos outra vez os seis só para cantar?

Espero que gostem do vídeo...



Abraços!

Aniki

2007-09-25

Recordações II

"En avant il faut foncer droit au but..." Quando tinha aí os meus 11/12 anos e ouvia esta frase em fracês a sair dos altifalantes da televisão, acreditem que ficava quase que hipnotizado. Não sei como era aqui na altura, ou sequer se o programa em causa passava cá ao mesmo tempo (sei que em 95, quando cá cheguei, ainda dava), mas muitos dos meus finais de tarde em Villeurbanne, Vaux-en-Velin e Tonkin foram passados à frente da 'télé' a vibrar com os jogos do "Olive et Tom".

Pois é, eu fui um fã de Olive et Tom (perdoem-me, mas para mim Captain Tsubatsa não faz sentido) e não tenho medo de o admitir. Aliás, ainda me recordo do dia em que o último episódio ia passar lá em França e por uma qualquer idiotice o canal, hoje extinto, La Cinq, decidiu meter um programa qualquer de substituição. Nem vos digo como fiquei... Afinal de contas, andavamos ali há semanas a ver os gajos a correrem quilómetros e quilómetros, a darem saltos de milhares de milhões de metros de altura e de desferirem remates que chegavam a arrastar pelo campo fora uma equipa inteira...

Pode parecer patético, mas ando seriamente a considerar a hipótese de adquirir a série completa na Internet (comprado... numa de respeitar o copyright.....). Até lá, e porque é uma das minhas grandes recordações de infância, cá fica a música. Em francês, claro, que é como eu me lembro dela!



Abraços!

Aniki

2007-09-24

Recordações I

Sabem quando temos aqueles momentos em que uma palavra ou uma dada situação nos levam até ao passado? Comigo, regra geral, estes episódios surgem ligados a uma música. Há tempos, procurava no Youtube o resumo de um jogo de uma equipa húngara (era trabalho, acreditem), quando surge-me pela frente a palavra Oslo.

Sabem qual foi a pesquisa que introduzi quase que de imediato? "Oslo Gospel Choir". Sim, uma equipa húngara pode levar-nos ao evangelho... pelo menos através da simples associação de ideias e da rapidez de execução do Youtube!

Ora porque raio vou lembrar-me do Oslo Gospel Choir? Porque quando eu era menino e moço, ainda nos meus tempos de França, lembro-me de que um dos primeiros CD's que tivemos lá em casa foi de um concerto deste grupo nórdico. E digo-vos, para quem gosta de cantar e ouvir cantar, mesmo a ideia algo "tótó" de apreciar um coro é para mim um delírio.

Infelizmente no Youtube não encontrei muitas músicas do dito CD, embora estejam lá várias mais "modernas". De qualquer forma, deixo-vos esta (que até nem é nada cristã), mas que ficou como uma das minhas grandes recordações.

Espero que gostem...



Abraços!

Aniki

Aniki's update

Vocês não fazem ideia como isto é tramado... Quando se arranja um computador (o portátil está ainda a modos que meio cambaleante, mas já dá para algumas coisitas) e começa-se a pensar que finalmente o regresso ao post regular vai voltar, PIMBA!, vai de lá uma trovoada estragar a placa de rede do pc de mesa.

Claro que antes disso, o simples facto de voltar a habituar-me aos horários anormais dos meus dias de trabalho dão cabo do organismo. É claro que em H2o, deitar tarde e cedo erguer dá sempre saúde e deixa cansado. Mas aqui, no ritmo frenético desta redacção, chegar em casa lá pela meia-noite ganha contornos de tortura.

Felizmente, muito do meu tempo afastado do computador e do blog tem sido passado em excelente companhia. Almoços e passeios com a minha amada, jantares e cinemas com a minha amada, o meu mano e a querida cunhada ('Next' e 'Ultimato' foram dois dos filmes que vimos nestes entretantos)... Ainda assim, a maior parte do tempo é mesmo com ela - completámos sete meses no sábado - e devo confessar que da net pouco ou nada tenho sentido falta.

No meio disto tudo, tenho ido pontualmente a Setúbal tratar dos meus afazeres de estudante. Sim, porque já estou oficialmente escrito e, vejam bem, a Caixa Geral de Depósito até já me ofereceu uma pen de 512 megas (que grande loucura....). O pior nisto tudo é que a ESE de Setúbal continua como dantes:

A senhora da secretaria - "Horários para o curso de Comunicação Social? Ainda não há... É questão de ir passando por aqui para ver"
Eu - "Não há outra forma? É que moro e trabalho em Lisboa"
A senhora da secretaria - "Isto já não é meu problema... Ligue para um dos seus colegas"
Eu - "Eles saíram da faculdade há uns 5 anos... Já cá não andam..."
A senhora da secretaria - "Então vai ter que passar por aqui"
Eu - "...."
A senhora da secretaria - "E já agora, sãoseis euros de despesa de seguro"

À margem disto, continuo a tentar encontrar tempo para fazer aquela tarefa ultra-complicada que consiste em ligar um cabo à minha máquina fotográfica e passar as fotos do camps para o computador. Com calma e paciência é coisa para conseguir até ao final da semana.

E porque eu aproveitei dois suspiros aqui no jornal para escrever, vou começando a despedir-me.~Aos que me iam pedindo por notícias e actualizações (a Sé e o Celso, nomeadamente) espero que estes fragmentos já tenham ajudado a matar alguma saudade. Logo que possa volto com mais umas coisinhas...

Abraços!

Aniki

2007-09-03

Síndrome do Colonizador

Estava hoje pela manhã a dar um giro por um blog (o Metanóia, da Carla, que acrescentei à minha lista de recomendações) quando me deparo com um post interessante. Estando já a caminho dos 13 anos de residência em Portugal, continua-me a chocar esta tacanhice própria dos naturais deste País relativamente à evolução da língua que hoje é compartilhada por 210 milhões de pessoas.

Não é a primeira vez que a ideia "os brasileiros querem roubar a nossa língua" ou "os brasileiros querem obrigar os portugueses a falarem/escreverem como eles" é assim lançada ao ar de forma algo leviana. Da minha parte, creio que na pluralidade está a riqueza da nossa - sim, por muito que custe a alguns, o português também é a língua dos brasileiros -, língua. Por outro lado, é natural que, por evoluções várias, 180 milhões de brasileiros tenham passado a escrever e falar de forma diferente dos 10 milhões de portugueses. Aliás, os 10 milhões de hoje também não falam um português "primitivo", porque este sofreu as suas evoluções e é bem diferente do que se falava e escrevia (neste País) há um século, por exemplo.

Sobre o assunto tratado no post da Carla, a unificação do português, há que dizer ainda o seguinte. Não creio que nenhum brasileiro tenha como primordial preocupação "impingir o escrever/falar brasileiro" a quem quer que seja. E mesmo que em 2008 o polémico acordo ortográfico traga algumas mudanças ao português escrito, não vai haver professoras nas escolas básicas a dizer: "Aí garotada. Vamo escrevê como os brasileiros querem".

Por isso, se me permitem o comentário, deixem lá estes tiques colonizadores de lado porque regra geral, é o primeiro passo para que uma opinião caia naquele populismo fácil onde os extremistas (sobretudo de direita) gostam de jogar. E porque gosto de colocar aqui exemplos de gente que sabe expressar opinião contrária sem recorrer ao insulto, deixo-vos este texto muito bem escrito por uma compatriota minha.

Aniki

Síndrome, substantivo feminino - 1. [...]; 2. figurado conjunto de sinais ou características associados a uma situação crítica e causadores de receio ou insegurança;

2007-09-01

Não é bem um regresso...

... até porque não tenho andado com muita cabeça para escrever. Voltei dos acampamentos faz hoje uma semana e prometo que hei de falar um pouco mais sobre os 15 dias naquele cantinho de paraíso (infelizmente já algo desfigurado pelas máquinas).

E porque não tenho eu cabeça? Pois bem, o meu amor viajou com a família para terras de Galiza (com paragem em Viseu), levou o sorriso, os beijos e os mimos e deixou-me cá com uma saudade que não vos conto. Até já repararam aqui no jornal que ando meio 'blue'.

E o dia 8 ainda vai tão longe...

Nos entremeios destes meus desabafos, há que dizer ainda outra coisa: vou voltar à faculdade!! Ah pois é! Já vou poder ter novamente desconto de estudante no cinema (há outro motivo para andar na faculdade?)! Para quem não sabe, eu parei o curso mais ou menos a meio (iamos na época 2001/02) a fim de dedicar-me a tempo inteiro às andanças jornalísticas. Ora, com a chegada deste famoso 'Processo de Bolonha', os dois anos e meio que me faltavam de licenciatura podem agora ser feitos em.... apenas um!

Já tratei do reingresso e falta agora só matricular-me, o que deve acontecer por entre os próximos dias 13 a 18. Ou seja, teoriamente vou voltar a ter meses e meses de férias (na teoria, porque na prática o arranhar aqui njo jornal vai manter-se). O único mal disto tudo é aquele bicho chamado 'propina', que no meu curso vai nos 850 euros...

Mas vá, há que voltar à senzala para continuar a trabalhar. Para mais tarde ficam aqui alguns comentários aos camps e às muitas pessoas que tive o tremendo privilégio de ver, rever e conhecer.

Até breve,

Aniki