2006-12-26

London here I come!!

Pois é, minha gente! Se tudo correr bem (que é como quem diz, se Deus quiser), no dia 9 de Março, pela fresca da manhã, estarei no Aeroporto Internacional de Lisboa para embarcar rumo a Londres para visitar o Celso e a Emma! Já fui comprando o bilhete porque nestas coisas de empresas e viagem 'low-cost', quanto mais cedo se compra, melhor é.

Londres é um sem fim de atractivos, ora reparem: os museus (uma catrafada deles), os guardas e o Palácio de Buckingham, Trafalgar Square, os armazens Harrods, Picadilly Circus, a Tower Bridge, a St. Paul's Cathedral, a Torre de Londres, a Abadia de Westminster, os pubs em dia de futebol (beber cerveja e cidra), os estádios do Chelsea e West Ham (este quero mesmo visitar), os autocarros de dois andares, o metropolitano, o Soho, experimentar o famoso fish and chips, os jardins de Kensington, passar pela Millennium Bridge, os teatros Globe e Rose, conhecer Notting Hill.... Ai, ai, ai.... Tanta coisa que vai ter que ser vista e apreciada em 10 dias!!

Enfim, ainda faltam 73 dias para a viagem, mas a expectativa, esta, já anda em alta... Nunca mais é Março, pá!

"I'm forever blowing bubbles, pretty bubbles in the air...."

"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki

2006-12-23

Eu não dou prendas!

Oito dias depois da minha última passagem pelo blog, cá estou eu de volta. A semana não foi má, até mesmo lá no trabalho (quem diria...). A pressão que habitualmente se verifica por esta altura do ano, devido à escassez de notícias no mundo da bola, tem estado bastante em baixo. Aliás, devo confessar que até cheguei a sentir aquela satisfação que andava desaparecida de ser um jornaleiro...

Enquanto vou escrevendo, tenho a televisão ligada e o destaque da abertura do telejornal da SIC é que os portugueses estão a gastar seis milhões de euros, por hora, nestas compras de Natal. Vou ser honesto e dizer-vos que neste capítulo, posso ser considerado um verdadeiro forreta. Passo a explicar: eu não consigo compreender a ansia que as pessoas têm em entrar num centro comercial, a rebentar pelas costuras, para comprar um sem fim de prendas, torrando ali o ordenado, o 13.º e, em muitos casos, até o que não têm para gastar!

Eu não peço prendas. Porquê? Porque também não as dou... E não me considero um monstro ou um tipo que não gosta dos seus familiares e amigos por não fazê-lo. Quando quero uma prenda, e se tiver dinheiro para tal, vou lá e compro. Há um ano, ofereci-me o portátil no qual agora escrevo. Este ano, vou aproveitar a manhã do dia 26 para ir comprar algo de que preciso (calças, polos e um calçado próprio para esta altura fria do ano). Mas isso nem considero prenda, mas sim necessidade.

Que o mundo é consumista, todos nós sabemos. Mas também há que dizer que no nosso meio, entre os próprios cristãos, há muita hipocrisia. Claro que quando nos perguntam o que é Natal, saímos logo com o discurso nascimento do Salvador, condenamos o despesismo exagerado que se verifica nesta quadra... Mas a verdade é que a maioria das pessoas crentes que conheço não passa sem uma ida ao shopping para comprar, comprar, comprar... Prendas para os pais, os irmãos, os primos, os amigos, o gato, o cão, o piriquito, o cágado, etc, etc...

Sabem o bom disto tudo? É que nos primeiros dias de Janeiro lá teremos outra vez as notícias da crise, das pessoas a queixarem-se na TVi que não têm como sobreviver, dos trabalhadores que se queixam de ganhar pouco, do facto de o poder de compra ter diminuído... Num país de "faz de conta", a imagem continua a ser o aspecto mais valorizado e se não temos o que tem o vizinho somos uns falhados.

A propósito do Natal, queria aqui trazer à discussão uma citação do jovem Bartholomew J. Simpson (sim, o Bart), durante um especial de Natal dos 'The Simpsons': "Aren't we forgeting the true meaning of Christmas? You know, the birth of Santa".
Vai uma aposta que nas escolas deste país já há quem pense asim?

"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki

2006-12-15

Bom dia, saudade!

Hoje acordei com saudade do acampamento, do cheiro do pinhal naqueles dias de verão, daquela brisa junto à água na praia de Água de Madeiros, do nevoeiro que (regra geral) aparece depois da Noite de Gala e prenuncia uma manhã de sábado radiosa para a despedida daqueles que partem ou para animar os que vão ficando mais uma semana...

Acordei com saudade de ouvir a Clau dar os famosos toques no sino, de levantar e espreitar pela janela da Girassola e ver o sol filtrado pelos pinheiros, de ir ao duche com a coluna sem fio que toca música variada e sempre boa, dos "bom dia" distribuídos entre a Magnolia e o refeitório quando se vai para o pequeno-almoço...

Saudade do café com um After Eight logo após ao almoço, dos jogos de sueca para fazer passar o tempo até à actividade seguinte, das conversas sérias e menos sérias nas mesas do bar com os os velhos amigos ou com aqueles que só agora conhecemos, saudade das famosas gincanas que conseguem sempre ter balões de água para dar início a algumas batalhas...

Com saudade da noite karaoke, do piquenique ao pôr do sol na praia, da conversa com a Nini no baloiço, ou com a o pessoal da direcção nos degraus do refeitório, da noitada com chouriço assado, pão e bebida que já se tornou numa instituição, da descida até ao Gato Preto, com o mar em pano de fundo...

É aquela saudade da paz, da tranquilidade, da certeza de que estamos entre amigos, entre pessoas que partilham a nossa fé, que têm aquele prazer em louvar o nome Daquele que merece o nosso louvor, das mensagens do culto da noite, das conversas de mini-grupo onde vamos reforçando alguns laços e vamos criando outros, da koinonia, do "ai ui"...

Já vai sendo sistemático ouvirem-me dizer isto, mas a verdade é que tenho saudades de Água de Madeiros... Mas agora digam-me lá... Vocês também não têm saudade? Não costumo pedir comentários e não o vou fazer desta vez. Quero antes que deixem cá um pouco de H2o para perceber que não sou o único...

"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki

2006-12-10

Implosão

Houve um estudo efectuado há alguns anos cujos principais resultados não são muito animadores para os da minha profissão. Dizia o tal documento que 75 por cento das mortes entre jornalistas fica a dever-se a problemas de ordem cardíaca. Mais. Destes 75 por cento de "problemas cardíacos", quase 85 por cento estão ligados... ao stress!

Ando neste vida há coisa de sete anos e, tal como aqui já comentei uma vez, dar comigo a ter uns tremores na mão com esta minha idade preocupa. Como em tudo, há dias bons e há dias maus. Há alturas em que quase não se nota... Mas infelizmente para mim, estas ocasiões não têm sido muito frequentes. Aliás, até nas folgas, quando supostamente estou mais 'tranquilo' com a vida, lá apanho um ligeiro abanar da mão.

Nos últimos dois anos, deram-se inúmeros casos de baixas psicológicas entre companheiros de profissão. Só eu, sei de mais de 10 casos de jornalistas (e aqui estão incluídos os repórteres fotográficos, que também são jornalistas) que pura e simplesmente 'viparam' de um momento para o outro. Já imaginaram o estado em que uma pessoa se encontra quando chega o dia em que acorda e a simples ideia de trabalhar provoca uma crise de choro compulsivo ou uma sensação de desespero tal que só apetece acabar com tudo?

Eu sou, por natureza, um tipo 'nervoso', acelerado... Mas quando me afastava do jornal, conseguia por norma atingir aquele grau de relaxamento, inspirar com força e expirar com ainda mais força, esquecer que há mais no Mundo além de 22 gajos atrás a bola e essas coisas... Ainda não cheguei ao ponto em que me arrependi de ter escolhido esta carreira, mas passam os dias e fico com a convicção de que não posso seguir isto até ao fim, sob pena de não ter forças para lá chegar.

Um grande problema comigo é que eu para dar parte fraca e admitir que estou doente é preciso muita coisa. Nunca faltei a um dia de trabalho por estar doente. Vim muitas vezes trabalhar com febre (não é dramatismos nem nada.. é verdade), com dores de cabeça impossíveis, com uma dor de ouvido que só foi ao lugar com doses de antibiótico, etc, etc, etc...

Como se isso não bastasse, o que importa aqui é dares notícias, produzires sempre no mesmo nível e corresponder à todas as expectativas. Até parece que já sosmos os robots que a maior parte dos patrões desejaria ter nas suas empresas. Não podes ter problemas que te perturbam ou que te impeçam de te concentrares numa coisa só. Por conta disso, na semana passada, estive a dois dedos de explodir numa crise de choro porque o infeliz com quem discutia simplesmente não tem a sensibilidade necessária para entender que há dias em que mais vale dizer: "Vai para casa porque não estás em condição".

E sabem o pior? É que eu fiquei de tal modo enervado, que o tremor na mão transformou-se rapidamente num punho fechado que só não voou para o outro lado da mesa porque não calhou. Felizmente, ainda tenho suficientemente juízo para entender que não é por aí que resolvo o problema, mas foi mais um sinal de alarme a indicar que algo vai mal com a máquina. O coração anda a bater bem, disse-me um médico há uns tempos. O que parece andar a pedir um arranjo, é a cabeça... Só espero é não ter que passar pelo mesmo que os meus companheiros, acordar um dia e implodir interiormente...

Desculpem o desabafo, mas estava a precisar. E acreditem que nem tudo foi mal. Ainda tenho aqui que contar o nosso fim-de-semana à Anjos - Paletós (acapella)! Mas terá que ser noutra altura porque são agora 23h07 e ainda estou no trabalho... "Muda de vida não deves viver contrafeito"...

"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki

2006-12-01

'Síndrome de Scrat II'

Creio que isto exemplifica bem o que é este mal que me tem afectado... Eu sou o esquilo e o meu carro é a noz. Divirtam-se a ver o vídeo!

Hoje acordei assim...

Hoje, o despertador tocou demasiado cedo, mas antes de me voltar para o outro lado e regressar ao meu sono, fiquei alguns minutos a ouvir um tema que me agrada particularmente. 'Goodbye my Lover' era a música em questão e só adormeci depois de a música terminar. Depois disso, foi uma chamada no Nen, desde a Ribeira Brava (sim, ele também anda em passeio pela Ilha), a tirar-me da cama, um bom par de horas depois do meu primeiro despertar.

Já ouvi falar bem e mal do James Blunt. Para uns é o típico cantor para 'gajas', para mim ele faz músicas tristes, mas que não deixam de ser muito muito belas. Fui ao Youtube e encontrei a versão da música cantada no programa da Oprah (ontem, antes de adormecer vi o referido programa e gostei imenso da actuação do tipo). Nas próprias palavras do James Blunt: "It's so sad, such a miserable sad song".

Antes dessa, ele também cantou a 'You're Beautiful'. E se esta música já não tem aquele 'vibe' que tanto me agrada, gostei do que serviu de base para a composição do dito tema. James Blunt, em discurso directo: "It was about seeing my ex-girlfriend on the Underground in London with her new man who I didn't know existed. She and I caught eyes and lived a lifetime in that moment, but didn't do anything about it and haven't seen each other since".

Voltando ao 'Goodbye my Lover', há que dizer que de animadora, a letra tem muito pouco... Mas neste momento é nestes tons melancólicos que eu gosto de ouvir cantar. Fica então o vídeo e mais um desabafo... de um óptimo despertar.

"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki