2008-01-27

Jacto privado, mas incómodo!

Já lá vai uma semana que estive em Jerez de la Frontera para acompanhar os testes do Álvaro Parente, num R27, da ING Renault F1 Team. O teste correu bastante bem e não seria de espantar que ele viesse a tornar-se no próximo piloto português no 'circo'.

Uma das coisas que mais me espantou foi a eficiência de cada elemento da equipa. Parece um relógio a funcionar! Mal o carro para, cada um sabe exactamente o que tem que fazer e não é necessário andar um capataz qualquer atrás a ladrar ordens. Outra coisa é o ruído... ou melhor dizendo, o enorme barulho que um carro de Fórmula 1 faz.

E sim, aquilo é giro mas ao fim de umas 10 voltas (e quase duas horas em pé a ver o carro fazer três laps na pista e entrar para as boxes) começa a chatear um bocado... Daí que só disparei a máquina uma vez quando o Álvaro Parente passou pela meta. É que segurar a máquina impede um tipo de tapar os ouvidos com os dedos... Esta foto pode até nem ter ficado grande coisa, mas curti porque ao primeiro disparo apanhei a máquina a passar e não ficou aquele efeito 'blur'...

Mas o incómodo nem foi tanto pela quantidade de tempo que estivemos em pé... O que mais me deixou desconfortável foi o Falcon! É giro sim senhor andar de jacto privado, mas quando se tem praí 1,50 metros de altura. O avião tem um tecto muito baixinho (na ida, quando estavamos a embarcar, ia deixando a minha testa junto à porta...) e depois para quem tem pernas grandes (com 1,86 metros de altura as pernas não são propriamente tamanho standard) é sempre uma jigajoga, sobretudo quando a hospedeira de bordo começou a andar de um lado para o outro para servir os comes e bebes.

Nos entremeios disto tudo, cheguei há algumas horas a casa depois de uma ida ao cinema com a Quel. Vimos o Cloverfield, filme à "Blairwitch Project", mas que achei francamente bastante engraçado. É stressante do início ao fim e creio que valeu o dinheiro gasto.

E pronto, nada mais há dizer de momento. Excepto que vem aí Fevereiro, mês de muitos aniversários... Lá para o dia 22 não se esqueçam do moi... No mesmo dia completo um ano de namoro... Já faz quase um ano... O tempo voa! Mas pronto, sobre isso haverá mais informações à medida que se aproximar o dia. Até porque haverá programa especial... Ehehehe

Vá, agora é hora de ir para a cama.

Abraços!

Aniki

2008-01-15

Jerez de la Frontera

Eu sei, eu sei.. Tenho estado desleixado quanto ao blog, mas há razões para tal. Primeiro estive de férias e nas férias não se fica pela internet. É melhor passar tempo com a namorada, andar a jantar aqui e além e tal e tal... E entretanto, já voltei ao trabalho, o que me tira mais tempo do que as férias e torna difícil actualizar o blog.

Mas pronto, aproveito uma pausa entre um texto e outro para dar conta de mais uma viagem por este Mundo fora (vou até Espanha, mas pronto, para quem passa a vida entre o Infantado, o trabalho e o Cacém - como eu gosto de ir até ao Cacém -, qualquer viagem é uma aventuda). E o que tem de especial ir até Jerez de la Frontera.

Bem, os aficionados da Fórmula 1 sabe que é lá que muitas equipas fazem os testes aos seus monolugares. No meu caso, vou ver o da Renault. Ok, nada de muito especial até aqui. O que eu gostei quando me disseram que iria a esta viagem ("Olha, quinta-feira viajas" e pouco mais. O resto veio depois) foi a seguinte frase: "Já andaste num jacto privado?"

Ah pois é! Vou para Jerez de la Frontera neste bichozito ali ao lado. Um Falcon 2000 EX. Ok, posso parecer gabarola, mas vou poder dizer que pelo menos duas vezes (ida e vinda... tipo.. DUH!) na vida andei num jactinho todo mimoso. Os contras disto tudo é que nem sequer vou dormir de quarta para quinta-feira. Isto porque a partida é as 6h05 e tenho que estar no aeroporto às 5h45...

Mas pronto, acho que vale a pena o sacrifício. Vejam lá que num dia só viajo num jacto, vejo um carro de Fórmula 1 ao vivo e a cores e de perto (a ver se consigo a foto de turista sentado ao lado do bólide ou, com sorte, lá dentro...).

Vá, tenho que voltar ao trabalho que hoje estou de piquete.

Abraços!

Aniki

2008-01-02

Viva o café!

Hoje fui ao café e, caros, que experiência fantástica. Inspirar a fundo sem ter que lidar com o fumo do tabaco... Há coisa aí de um pouco mais de um mês, na mesma mesa, no mesmo local, lá estávamos, os mesmos três de hoje a conversar por entre a fumareira dos cigarros. Esta tarde, até parecia mentira.

Uma das coisas que me tem deixado algo perturbado é a forma como muitos fumadores têm reagido a esta medida. Entre muitas críticas que ouvi na rádio hoje foi a de uma senhora que garantia que uma das suas liberdades fundamentais estava a ser violada... Ontem, dia 1, no telejornal das 13h00 na RTP1, um outro indivíduo proclamava à boca cheia que o Estado que tem retirado liberdade aos portugueses tinha voltado a atacar.

Dizia este mesmo senhor que esperava para o mês ver o Governo obrigar toda gente a praticar jogging numa de melhorar a saúde da população. Cá está um exemplo idiota e perfeitamente imbécil do tipo de reacção que alguns fumadores têm tido. É que os que pensam assim (felizmente há muitos que têm feito por cumprir a nova lei) não entendem que se fizerem jogging ou não, a saúde prejudicada é a deles. Enquanto que um cigarro num espaço público não os mata só a eles, mas também aos muitos fumadores-passivos que ali estão.

Outra coisa que me fez uma tremenda confusão é o egoísmo de um fumador. Passo a explicar: a Raquel e eu fomos almoçar a um local onde existe uma sala para fumadores, devidamente delimitada e tal e tal... Eu percebo que os agarrados do cigarro (basicamente são uns junkies 'tolerados' pela sociedade) queiram ter a sua dose diária de porcaria nos pulmões e restantes partes do corpo. O que me faz confusão é ver um pai e uma mãe entrarem com uma miúda aí dos ses 4/5 anos no dito espaço, expondo a criança ao fumo. Lá está, nada como incutir o vício aos mais pequenos desde cedo...

E não foi caso único. Outra senhora entrou acompanhada por 3 miúdos também para o dito espaço e mal havia pousado o derrière na cadeira lá sacou do cigarrito enquanto os putos brincavam com os grissinis... Daí falar em egoísmo. É egoísta quem está disposto a prejudicar a saúde de uma criança só para poder dar umas passas num cigarro.

Por isso tudo, um grande bem haja a quem teve a ideia de avançar com esta lei. Espero é ver daqui a uns poucos anos esta praga chamada tabaco definitivamente erradicada dos locais públicos.

E porque não quero que a ASAE, com o seu presidente prevaricador, faça cá um raid, quero deixar bem claro que este é um espaço livre de fumo ;o)

Um abraço!

Aniki

2008-01-01

Avenida dos Druidas

Tal como prometido no ano passado (estes trocadilhos por altura da passagem do ano são mesmo fáceis) decidi colocar aqui no blog algumas das fotografias que tirei na viagem até Lorient para a reportagem com o maxi-trimaran Groupama 3.

Comecemos pois pelo dia 1 desta viagem, quinta-feira, dia 13 de Dezembro. A saída foi mesmo cedinho (o encontro no aeroporto estava marcado para as 7h00) e com destino a Paris. Claro está que eu não andei a tirar fotos nesta altura tão matinal, nem no avião. Preocupei-me mais em dormir aquilo que não tinha conseguido dormir em casa.

A viagem foi muito agradável até Paris, onde mudamos para um daqueles aviões mais "curtinhos" para voarmos até Lorient. O Groupama 3 (calma que a foto já vem) estava atracado numa antiga base de submarinos (hoje é um museu, mas não houve tempo para visitas).

Depois de uns minutos a esperar ao frio (4 graus em Lorient com um ventinho fresco nada agradável) pela RP do Frank Cammas, lá fomos ver o famoso barco. A cena da rede a ligar os três flutuadores fez-me alguma confusão, tanto mais que quando se dava um passo iamos assim como que a saltitar.

Lá dentro, o espaço é mesmo diminuto (13 metros quadrados habitáveis) e para um autêntico claustrofóbico como eu, não foi nada simpático (além de que o teto é baixo e andei a dar umas marradas lá em cima).

Inicialmente, deveríamos ter feito uma entrevista na quinta e outra na sexta antes de voltarmos a Portugal. No entanto, tanto o Frank Cammas, como o Frank Proffit estavam disponíveis e conseguimos despachar o serviço logo no primeiro dia. Ou seja, ficamos com uma manhã livre para ver a paisagem da Bretanha no dia seguinte.

Depois das entrevistas, seguimos para La Trinité-sur-Mer, onde iríamos pernoitar no Lodge Kerisper (na foto a parte de trás, já na manhã de sexta-feira).

Um jantareco num local muito chique, com excelente comida, bom vinho e queijos, complementados por uma excelente conversa fizeram o serão de quinta. No dia seguinte, iríamos ver um pouco das redondezas.

Na manhã seguinte, depois de um pequeno-almoço à francesa (ai ai os croissants...), ainda estive ali a volta do lodge a tirar algumas fotos, apesar do frio mesmo frio que fazia (podem ver na foto, quase 2 graus). É que havia geado e, como não é coisa que se vê por cá com frequência, andei a tentar captar um pouco destas lembranças de outrora.

Pegamos no carro, não sem antes retirar uma generosa camada de gelo que cobria todos os vidros e fomos um pouco ao sabor do vento (frio, lembrem-se). Na Bretanha, as principais placas de sinalização etão escritas em francês e em bretão (uma espécia de gaelico) e a principal referência visual na paisagem são os menires e os dolmens. Aliás, tudo ali tem um ar das histórias do Astérix, até o nome de algumas ruas ou, neste caso, a Avenida dos Druidas (tinha que justificar o título do post :oP)

Depois de andarmos aí cerca de uma hora, chegamos finalmente a Carnac, que é um dos locais onde existem o maior número de alinhamentos megalíticos na região (são também os mais famosos). Se calhar para muita gente tirar fotos a pedras é algo aborrecido, mas para mim é contactar de perto com a história.

Como seria de prever e naquela atitude de turista, não hesitei em dar uma de Obélix (não tenho propriamente físico de Astérix) e lá posei ao lado de um dos meníres. O crédito da foto deve ser atribuído ao António Peters, colega jornalista e excelente pessoa que conheci nesta viagem.

E pronto, depois disto ainda fomos até uma península supostamente com excelentes vistas, mas o frio e a necessidade de regressar a Lorient obrigaram-nos a encurtar o passeio.

O melhor nesta sexta-feira foi o facto de termos conseguido alterar o voo de regresso a Lisboa e assim chegar mais cedo a Portugal. Permitiu-me correr ao encontro da Raquel de quem, mesmo ao final de apenas dois dias, já tinha uma tremenda saudade.

Antes de fechar o post, queria apenas deixar uma foto que me agradou particularmente. Posso não ter uma super-máquina nem grande jeito para estas coisas da fotografia, mas esta aqui deixou-me satisfeito. Não sei, tem aquele je ne sais quoi... Enfim, cá está ela.


Um abraço a todos e a ver se em 2008 sou mais produtivo ao que ao blog diz respeito.

Até breve!

Aniki

Bom Ano!

Um bom ano a todos aqueles que por aqui ainda param. Espero que 2008 seja feito de sorrisos, alegria, saúde, sucesso e, acima de tudo, com a paz e o amor de Deus nos vossos corações.

Um abraço!

Aniki