2007-04-17

Amizade...

..., do Lat. *amicitate, s. f.: afeição; amor; boas relações; laço cordial entre duas ou mais entidades; dedicação; benevolência.

É curioso como ao longo de uma vida temos uma quantidade sem fim de pessoas que passam por nós, algumas das quais acabamos por incluí-las num grupo restrito que dá pelo nome de 'amigos'. Sim, porque para mim, o termo amigo não vai aplicado a qualquer um.

Ora o que acontece quando uma pessoa que temos por nossa amiga retira-se deste círculo? Comigo aconteceu algures entre Janeiro e Março. Eu calculo o porque de esta pessoa optar pela lei do silêncio, mas confesso que fiquei algo desiludido. Até porque era uma pessoa que considerava uma boa amiga... Se calhar o erro foi mesmo esse, considerar que era uma amiga quando, aparentemente ela não tinha de todo a mesma perspetiva do assunto. E mais chato é quando é uma pessoa da qual me lembro no primeiríssimo acampamento que fiz aqui em Portugal, uma pessoa com quem já partilhei refeições e, bem recentemente, um fim-de-ano. Enfim...

Uma coisa é certa, quando os amigos são mesmo amigos, são constantes. E é nos momentos complicados - lá vem o cliché - que os vemos. Não, o amigo não é aquele que nos dá o tapinha nas costas e nos diz que temos razão e afaga o nosso ego para nos sentirmos bem. O amigo é aquele que diz o que pensa, com afecto, com amor, mesmo que não seja aquilo que queiramos ouvir.

No último ano, felizmente, tive amigos assim. Que me apoiaram, que me deram força, que me abraçaram, que me consolaram, mas também que me fizeram reparos, que me mostraram os erros, que não concordaram comigo... Aqueles que fizeram tudo isto, mas com o claro sentido de estarem a cultivar e ajudar a crescer ainda mais uma amizade.

Relendo o que escrevinhei até poderá parecer algo desconexo e sem sentido, mas era um pensamento que já me vinha trotando na cabeça há uns quantos dias.

Abraços grandes e afectuosos para vocês, meus amigos, que saberão reconhecer e acolher este abraço. Para os demais, cumprimentos respeituosos e educados. É que, lá por não considerarmos alguém como um amigo, devemos ser mal educados...

Aniki

PS: eu já aqui fiz vários posts com dedicatória. Há um que em tempo adequado será aqui colocado e tem por destino a 'ela' que a Selma referiu. Mas prepara-te, cara Tabita, pois tu também estás na lista das futuras felizes contempladas com um punhados de ideias minhas... E já agora, obrigado pela amizade ;o)

3 Comments:

Blogger Luis Alves Pinto disse...

Eu muito sinceramente acho que fazemos amizades com demasiada facilidade. Ou baseadas em argumentos demasiado secundários.

Eu confesso que chamo "amigo" a muita gente, a muitos "camaradas". Mas a verdade é que se contam pelos dedos de uma mão os verdadeiros. E esses são simples de reconhecer: passam a fazer parte da minha vida dia a dia (ou vamos fazendo por isso, quando a distância é uma entrave).

Julgando saber quem é a pessoa que referes, arrisco a dizer que essa a amizade é (ou foi?) dessas tais que referi no início. Contradiz-me se estiver errado.

Há amigos que consideramos mais que irmãos, por isso é que devemos escolher cuidadosamente quem qualificamos de amigo. E contra mim falo.

Abraço grande

17/4/07 01:27  
Blogger Luis Alves Pinto disse...

Só duas adendas ao meu comentário:

- não me interpretem mal com o "argumentos demasiado secundários", mas não encontro outras palavras para aquilo que quis dizer.

- "os dedos de uma mão" é capaz de ser pouco. Honestamente. Duas será mais realista.

17/4/07 01:30  
Blogger Selma Tabita disse...

=D (hoje fiquei sem palavras...)

17/4/07 13:02  

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