2007-03-15

London - Day 1

Mai nada meus amigos! Em directo “live” de Londres, mais exactamente no ‘Natural Café’, em Richmond. Infelizmente na domus do meu caríssimo Celso não há net (e as redes por perto que não estão protegidas têm fraco sinal), pelo que vim até aqui falar-vos um pouco dos primeiros dias em solo britânico.

Mas antes, há que começar pelo começo, como certa vez um colega fez notar com pertinência. Sexta-feira, depois de uma viagem de 2h15 (o piloto foi 15 minutos mais rápido do que o previsto) cheguei a Gatwick pronto para a aventura. Após passar pelo balcão dos serviços de Imigração - só vou ser português no final do ano e até lá tenho que sujeitar-me a ser tratado como um cidadão ‘não-europeu’ – fiz a minha primeira compra inglesa.

“I want a single to Richmond… It has to be via Clapham Junction...”. Exceptuando o facto de falar muito baixinho, o que me obrigou a repetir a frase previamente ensaiada, devo dizer que a senhora percebeu-me lindamente e lá gastei as minhas primeiras 9,80 £. O terminal de Gatwick mais parece um daqueles centros comerciais antigos e de aeroporto, se tirarmos de lá os aviões, não há grandes semelhanças.

A viagem no comboio da Southwest Train foi muito rápida e com as primeiras mensagens a serem enviadas a quem de direito. Chegamos então a Clapham Junction que é uma espécie de Entroncamento, mas para machos… É que, foi me dito, trata-se de uma das maiores estações de comboio da Europa. Não pelo seu tamanho, mas pela quantidade de linhas que ali se cruzam. Um comboio inglês não é comboio inglês se não passar por lá… Ok, pela imagem aqui ao lado até pode não parecer verdade, mas acreditem que aquilo mete respeito.

Veio depois a breve viagem até Richmond.. Aí uns 10 minutos, se tanto. Aproveito aqui para falar da qualidade das carruagens de um comboio inglês. Embora estreitas no corredor têm um arzinho todo pipi e muito bem cuidadinhas. Lá está, parece mariquice, mas um tipo no estrangeiro vai reparando estas cenas, não é?

Ao sair da plataforma, lá dei de caras com o Celso! Blazerzito vestido, cabelo para cima com um tanico de gel e mochila ao ombro. Depois dos sonoros cumprimentos trocados em português, toca a andar para casa. Fiz então a minha primeira incursão pela ‘colocar nome da rua principal’, a mais movimentada artéria de Richmond.

O caminho que me pareceu longo na ida – creio que sempre que vamos a algum lado pela primeira vez acontece isso… Bem, e as malas também eram incómodas o que terá ajudado ao sentimento de distância – revelou-se, na realidade, um excelente passeio, a fazer a qualquer hora do dia. Instalado que estava e após a entrega das lembranças, voltamos ao centro para comprar comida.

Por esta altura, cerca das 16h00, a vaga lembrança de alimento no meu estômago era uma sandocha trincada à pressa antes de embarcar, aí às 10h00. É que no avião, pagava-se pela comida, pela bebida, vendiam raspadinhas e, já quase na hora de aterrar, ainda passaram um saquinho para a caridade (pesquisem lá sobre o Comic Relief e vão perceber do que se trata).

Depois de uma volta um tanto maior, que nos fez passar por um parque muito castiço e no qual estão marcados, sem brincadeira, alguns 8 campos de futebol de 11 (tudo de graça…), lá chegamos a casa e trincamos qualquer coisa. O Celso estava com alguma pressa por tinha que ir trabalhar num part-time que arranjou num restaurante bem maneiro (servem uns hambúrgueres fabulosos, do melhor que comi até hoje) e por isso deixou-me por casa, até porque eu também já pedinchava por um bocadinho de cama.

Dormi pesado até perto das 21h00, ou seja, umas quatro horas que souberam que nem ginja. Ao acordar, dei por mim outra vez com fome e com aquela vontade de um prato quente. Após muitas considerações, praí uns 15 minutos porque voltei a cair ferrado no sono até às 22h00, decidi ir ao tal restaurante para ver se o burguer era mesmo de valência. Aprovadíssimo o repasto, acompanhado de uma cerveja neozelandesa, vim para a rua para fazer tempo e esperar pelo Celso.

Sim, os ingleses bebem e quando bebem ficam a fazer coisas tontas na rua. Três brigas (duas em que eram só rapazes e uma só com raparigas) e uma conversa com um bêbado que, só ao fim de algum tempo é que percebi, queria que eu lhe chamasse um táxi, no espaço de uma hora. Ainda assim não fiquei horrorizado (talves a cat-fight entre as miúdas me chocou um bocado porque era cada puxão de cabelo que até em mim doía), até porque na maioria os tipos querem é divertimento e são, mesmo tocados e alcoolicamente alegres, muito porreiros.

Depois, bem, foi voltar para casa e dormir… É que no dia seguinte ia invadir Londres pela primeira vez…

O bêbado – Hey mate… Cudjupliscolétaxiforemi?
Eu – Sorry?
O bêbado – Aichei… Cudjupliscolétaxiforemi?
Eu – You want a taxi, is that it?
O bêbado – Yeah... Fanks mate



“A lealdade e o respeito são uma forma de vida”
Aniki

Ps: devido a sucessivas incurssões no centro de Londres, só hoje consegui colocar este post online. Se tudo correr bem, entre amanhã e domingo ainda meto mais umas coisitas por cá, que vou escrevinhando quando chego a casa a noite. Abraços!!

2 Comments:

Blogger Selma Tabita disse...

Diverte-te!! =)

15/3/07 17:14  
Blogger Kid Sundance disse...

Gutineigers Teiquó Fóclouze!

16/3/07 09:44  

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