2006-10-03

Quando falta o sono... escreve!

Hoje cheguei tarde a casa, ainda estive uns minutos ao telemóvel e quando pensava que iria para o quarto domir, acabei por vir parar ao teclado. Sabem quando sentimos que devemos dizer qualquer coisa, embora ainda não saibamos bem o que, ou como?

É curioso que um dia que correu especialmente bem, sem grandes espigas na terrível redacção do CM e sem sobressaltos no piquete, chega ao fim num misto de sentimentos...

Saudade. No sábado estive em mais um casamento (ter amigos a casarem é bom, mas é cá um estrago na conta bancária!!) e por lá reencontrei gente de quem já sentia falta.
Não apenas os meus manos aqui de Lx, mas sobretudo o círculo do Centro Norte, que já não via há três semanas. E acreditem, soube bem estar com eles. Numa espécie de after-hours, fomos dar um giro até Belém e beber um chocolate quente (no meu caso um capuccino) em Cascais.

E lá está... Agora, enquanto escrevinho estas ideias que não me parecem estar a ligar muito bem, sinto também uma inebriante alegria, uma sensação estranha na barriga e um aperto familiar no coração. Amanhã à noite vou para H2o e a simples ideia de lá chegar, de noitinha, com apenas as luzes dos candeeiros a iluminarem o camps, mexe comigo. Digo-vos, até me emociono só de pensar no cenário...

Há um ano, fiz este mesmo trajecto, no carro do Pedro Ferreira, e com outras pessoas na viatura... Incrível como em apenas um ano a nossa vida dá voltas pelas quais nunca esperaríamos. Não deixa de ser paradoxal que tenha sido ali mesmo, em H2o que, há um ano, tudo começou. Como me disse um colega lá do jornal enquanto comentava isto com ele, vou voltar "ao local inicial do crime".
Achei piada à frase, mas também não deixei de ficar a pensar... E acho que há uns meses, a minha reacção no local do crime teria sido bem diferente e verbalmente mais violenta. Não digo insultuosa, mas sim muito dura...

Mas hoje... Hoje, o 5 de Outubro será uma data importante, mas sobretudo será a vespera do dia 6. E lá mais para o final da tarde do dia 6, se Deus quiser e se o avião não decidir dar um mergulho no Atlântico, lá estarei eu...
Vou estar com ela, não me importo de o dizer. Desde que me despedi dela, há duas semanas, que tenho andado a contar os dias para voltar a vê-la, poder dar-lhe um abraço e deixar-me levar por aquele sorriso, aquele olhar...
Ainda há uma palavra que não usei, mas que não sei quanto tempo mais conseguirei suster. Espero apenas que, ao pronunciá-la, consiga mostrar-lhe claramente que não vai da boca para a fora.

O post vai longo e gostava apenas de terminar com uma citação de Séneca, que colocou numa simples frase o que eu não consegui explicar neste extenso texto: "O amor não se define; sente-se".
E como é bom sentir tudo isto...

"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki

1 Comments:

Anonymous Anónimo disse...

Que Lindo!!

beijo até dia 5

paulinha

3/10/06 20:51  

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