2008-03-08

Amigos

Andava aqui pelo blog em divagações, quando me deparei com O Grande Lápis Morto e com um post no referido espaço que me fez pensar. Eu tenho uma 'mania', chamemos-lhe assim, que é tratar as pessoas com quem lido de 'amigo'. Após anos e anos a abusar do 'pá', confesso que este novo vocábulo é quase que uma marca registada e devo admitir que é muitas vezes usado de uma forma errada.

Não tenho problemas em admitir que "amigos", na minha concepção da palavra, tenho muitos poucos. Ou melhor, tenho os meus amigos. Assim, numa contagem rápida, creio que cabem nos dedos das duas mãos. E mesmo dentro deste grupo, há um quinteto que sempre considerei como mais do que amigos. Não é a tal história dos "melhores amigos", mas chega ao ponto de serem encarados como irmãos de sangue (um deles o é verdadeiramente).

Um facto curioso é que nos últimos anos, creio que pelas muitas voltas que a vida dá, a ligação com estes ditos cujos diluiu-se a medida que fomos tomando os nossos caminhos. Um está em terras bretãs, vindo periodicamente a Portugal. Outros dois já casaram e têm as suas casas para cuidar. Um quarto vai à caminho da forca (é já este ano) e o quinto, sempre que falo com ele, está metido no trabalho. Ainda assim, fosse eu rico e tivesse que partir deste mundo mais cedo, estas cinco pessoas seriam certamente os primeiros na lista de herdeiros.

Infelizmente, o ser grande é uma coisa chata. Porque quando temos o tempo que o secundário ou a faculdade nos dá (perdoem-me os ainda estudantes, mas acreditem que vocês têm a vida boa), a amizade parece que será eterna. Mas depois, quando começamos a ter que passar horas, dias ou até semanas sem estarmos uns com os outros, apercebemo-nos que por muito que queiramos as coisas já mudaram.

Sabem do que eu tenho saudade? Não é dos jogos de futebol no terraço da Igreja, não é das tardes passadas a jogar Pizza Tycoon, nem dos dias inteiros a fazer jogatanas no Settler II ou no Heroes of Might and Magic (versão hot-seat)... O que eu tenho saudade é da cantoria!

Perdoem-me a pouca modéstia no que vou dizer, mas nós os seis, quando cantávamos, estávamos mesmo lá. Éramos uma harmonia perfeita - um de nós sempre teve um problema para chegar ao Lá, mas quando lá chegava mantinha-se muito bem -, um entendimento que era sentido num gesto ou num simples trocar de olhar. Estávamos sempre no mesmo comprimento de onde...

Malta, nem que seja a última coisa que tenha que fazer antes de deixar esta terra, garanto que vou arranjar maneira de nos meter os seis num certame qualquer para darmos ali um mini-concerto! Seja cá, em Londres ou no Pólo Norte, havemos de voltar a cantar juntos.

Haverá boa vontade para que tal aconteça? Pensem lá nisso e avisem-me...

Abraços a vocês, amigos, ShoGriços, manos...

Aniki

5 Comments:

Blogger Lucas disse...

Mas que coisa pá!
Mania de deixar um gajo emocionado, caraças da porra!

10/3/08 15:13  
Blogger William disse...

xiça.....

15/3/08 16:08  
Blogger Butch Cassidy disse...

kumbaya malô, kumbaya

17/3/08 10:05  
Blogger ..carlix.. disse...

lamexices!!!

e ainda não entraste na fase de "já estamos todos casados, e já estão a nascer os primeiros filhos! Este ano vamos todos ao familiar!" ahahahah

*

18/3/08 13:37  
Blogger Celso Soares disse...

Eu tenho saudades eh mesmo dos churrascos na praia, das piadas fracas, das conversas serias, das jogatinas e das comedices brutamontes. Ahs cantorias faltaram sempre os instrumentos.

Beijinhos.

18/3/08 21:17  

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