Obrigado!

Eu sou, desde que me conheço, um conversador nato. Com isto querendo dizer que gosto de falar - sobre tudo e sobre nada, sobre a vida, sobre problemas, sobre alegrias... - e fico sempre com aquela sensação de leveza, de grande satisfação após uma boa conversa. Creio que é próprio do Homem (atenção Raabe, com 'H' grande, nada de conotações machistas) procurar e apreciar este acto muito íntimo que é a conversa com um seu semelhante.

Mas melhor é a conversa, quando não se discutem trivialidades, como o tempo ou se está frio ou calor lá fora. Para mim, uma conversa implica sempre que haja, por parte dos interlocutores, a vontade de se vulnerabilizarem, de se colocarem numa posição frágil ao exporem a sua forma de ser, de estar, de pensar, de sentir e perceber tudo o que os rodeia. E quando isto acontece, quando se atinge esta 'intimidade - diz o dicionário que intimidade é sinónimo de conversação -, então a comunicação, quer seja por telefone, pela internet ou olhos nos olhos, atinge níveis grandiosos.

Hoje, sábado, dia 13, tive um destes momentos. Uma conversa, uma intimidade que me deixou francamente encantado. A bem falar começoi aí pelas 17h25 e durou até perto das 22h25 (com uma interrupção para jantar). Cinco horas de partilha, de intimidade, de conversação... Foram vários os temas abordados mas, no entanto, um mereceu especial atenção e ocupou grande parte deste colóquio neteiro. Cheguei a pensar que abordar este tema seria motivo de algum melindre, algo que me devolveria ao estado melancólico pelo qual passo com alguma regularidade.

A verdade é que não só soube bem, como também aliviou alguma coisa cá dentro. Sabem aqueles suspiros, muito fortes, que após fazerem o percurso desde o pulmão até ao Mundo exterior, parecem nos retirar um peso dos ombros e que nos fazem sentir leves e animados? A conversa foi um suspiro e que bom foi poder dá-lo hoje.

E por isso, porque soube bem e foi o ponto alto do meu dia, quero simplesmente dizer-te... obrigado! Disse-te que considerava a frase boa, apesar de não concordares, e por isso deixa-me citar-te com isto: "Saber ou ter certezas daquilo que tu não és, de que não gostas... define-te".


"A lealdade e o respeito são uma forma de vida"
Aniki

Ps: este post tem claramente um destinatário bem definido que saberá reconhecer-se nestas linhas. Aos demais, peço desculpa por mais uma 'personificação' do post (já vou fazendo alguns assim). Sintam-se, no entanto, livres de aqui deixar (ou não) a vossa marca, a vossa opinião...